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Asma Brônquica

INTRODUÇÃO

Chip de DNA

Técnica também conhecida pelas terminologias: micrordenamento, microarranjos de cDNA, gene chips, biochip, gene array e  DNA microarray. Trata-se de um microchip contendo milhares de segmentos de DNA ordenados, os quais permitem análises simultâneas de milhares de marcadores genéticos ou sequências cDNA. A técnica utiliza um dispositivo eletrônico que analisa fragmentos de DNA e identifica a intensidade da ação dos genes e suas atividades metabólicas.

Existem duas grandes aplicações para a tecnologia de chips de DNA: 1) identificação de sequências (gene/mutação de gene) e 2) determinação do nível de expressão (abundância) de genes.

É um equipamento que coloca numa matrix (suporte sólido, como vidro) sequências identificadas através de técnica de ESTs - expressed sequence tags. ESTs são sequências parciais de genes expressos, produzidos a partir de cDNAs gerados ao acaso de tecidos específicos. Esta técnica permite a avaliação de milhares de genes ao mesmo tempo, de forma paralela.

À essa sequência de genes é adicionado RNA ou DNA fluorescentes, que se forem complementares à esta sequência, irão hibridizar (ou casar) e indicar aonde houve correspondência. Pode-se portanto, comparar a célula de um pulmão de um animal sadio com a célula de um pulmão de um animal com asma experimental. Desta forma torna-se possível perceber, por exemplo, que no pulmão do animal com asma induzida há uma série de genes que não são observados no pulmão normal. Pode-se concluir que esses genes devem estar relacionados com a patologia estudada.

As moléculas de DNA ligadas a cada lâmina atuam como sondas para detectar a expressão gênica, também conhecida como transcriptoma ou conjunto de transcritos de RNA mensageiro (mRNA) expressos por um grupo de genes.

Sumário da Técnica

A deposição dos cDNAs (500~5.000 bases de comprimento ) numa lâmina de vidro é feita por meio de um robô capaz de imprimir milhares de pontos com diâmetro entre 50-100 mícrons. De maneira geral, em uma área de vidro com 3,6 cm2 podem ser depositados cerca de 10.000 ESTs, representando, potencialmente cerca de 10.000 genes. Uma vez produzidos, os chips são hibridizados com sondas de RNAm, preparadas a partir de duas fontes distintas e marcadas com nucleotídeos de dCTP, que fluorescem em comprimentos de onda distintos. Em seguida, as sondas são misturadas e hibridizadas com os DNAs depositados na lâmina de vidro. O sinal fluorescente emitido por pontos de hibridização, representa a intensidade do cDNA correspondente. A emissão de fluorescência é detectada por um scanner, que faz a varredura de todo o campo de distribuição  dos microarranjos, produzindo uma imagem de pontos com diferentes intensidades de luz e cores. A imagem é processada por um computador acoplado ao scanner, obtendo-se informações quantitativas da expressão gênica nas condições de estresse e controle.

Sumarizando: no "mapa" lido pelo biochip, os genes superexpressos e os fracamente expressos ficam representados em diferentes cores de destaque, enquanto os não diferentemente expressos aparecem numa coloração intermediária. É possível observar cerca de 10.000 genes de uma só vez.

Referências:

1 Labate, Carlos Alberto. O papel que a genômica e a biologia molecular têm na ecofisiologia de plantas. (online) Disponível em <http://www.rc.unesp.br/xivsbsp/Mesa04TCAL.PDF. Arquivo capturado em 17 de junho de 2003.

2 Shi, Leming. DNA microarray (Genome chip). Monitoring the genome on a chip. (online) Disponível em http://www.gene-chips.com/. Arquivo capturado em 17 de junho de 2003.