Asma
Tratamento da Asma
MANEJO E CONTROLE DOS SINTOMAS (adultos e adolescentes)
Desde 2021,1 para maior compreensão o tratamento da asma foi dividido pela GINA em duas faixas de tratamento, em função da medicação utilizada para alívio dos sintomas. Ao longo das cinco etapas, o tratamento avança ou retrocede dentro de cada faixa, usando o mesmo tratamento para alívio em cada etapa, ou pode ser alternado entre as faixas, de acordo com as necessidades e preferências do paciente.
Faixa 1 – É a abordagem geral preferida pela GINA. Esta propõe o uso de formoterol + corticoide inalatório (CI) de baixa dose conforme necessário. Quando um paciente, em qualquer etapa, apresenta sintomas de asma, ele utiliza CI-formoterol em baixa dose para alívio dos sintomas.
Nas Etapas 3 a 5, também se aplica CI-formoterol como tratamento diário regular de manutenção. Essa abordagem é preferida porque reduz o risco de exacerbações graves em comparação com o uso de um SABA (short acting β2-agonist) de alívio.
Além do que, trata-se de um regime terapêutico mais simplificado, que utiliza em um único medicamento combinado (associando CI ao formoterol, um β2-agonista de longa ação e de início rápido [LABA]) em todas as etapas (1 a 4), visando tanto ao alívio sintomático quanto à redução de riscos.
Por outro lado, o emprego de um único dispositivo inalador minimiza erros na técnica de inalação e previne a não adesão — seja por descuido ou preferência seletiva — em contraste com a abordagem da Faixa 2 (ver abaixo), que exige dispositivos distintos para alívio e manutenção.2
Nas Etapas 1–2, ocorreram evidências adicionais para preferir CI-formoterol conforme necessário ao invés de SABA conforme necessário (separadamente ou com CI diário):
● um vasto conjunto de evidências que associa o tratamento da asma de forma isolada, somente com β2 agonistas de curta ação a maior probabilidade de danos e a desfechos desfavoráveis;3 |
● ao fato de que a maioria dos óbitos por asma ocorre em indivíduos com quadros leves a moderados,4 torna-se importante destacar que a utilização do CI demonstrou reduzir substancialmente o risco de exacerbações e mortalidade.5 |
● a adesão ao CI diário é quase universalmente muito fraca em pacientes com sintomas leves ou pouco frequentes, deixando-os em maior risco de exacerbações graves;6 e |
● o início do tratamento apenas com o SABA 'acostuma' os pacientes a considerá-lo como seu principal tratamento para asma. Torna-os quase que dependentes. |
Faixa 2 – na qual a medicação para alívio de sintomas é um SABA. Esta é uma abordagem alternativa, p. ex. se a Faixa 1 não for possível ou não for a preferida por um paciente sem exacerbações no último ano. No entanto, antes de considerar um regime com a opção de tratamento para alívio com SABA, considere se o paciente tem probabilidade de aderir a tratamento de manutenção de controle. Do contrário, eles estarão expostos ao maior risco de exacerbações.2 Para a Etapa 1, utilizar o CI sempre que o SABA for usado isoladamente.
● A GINA agora recomenda que todos os adultos e adolescentes com asma recebam tratamento de manutenção contendo CI para reduzir o risco de exacerbações graves. |
● O CI pode ser administrado através de tratamento diário regular ou, na asma leve, por baixa dose conforme necessário através de CI-formoterol. |
● O uso de CI em baixa dose associado ao SABA, seja em combinação ou em inaladores separados, é uma alternativa quando o CI-formoterol não está disponível e o paciente não tende a usar CI regularmente. Esse regime evita o tratamento exclusivo com SABA e pode ser benéfico em locais onde o custo do CI-formoterol é alto; |
O tratamento da asma está dividido em cinco etapas e o paciente deve ser classificado para cada uma dessas etapas de acordo com o seu tratamento atual e nível de controle. Os objetivos são alcançar a estabilização dos sintomas e manter os níveis de atividade normais e, em longo prazo, minimizar o risco futuro de exacerbações, a limitação fixa ao fluxo aéreo e os efeitos colaterais da medicação.
Faixa 1
— Etapas 1–2
Opção preferida: Uso de baixa dose da associação Corticoide Inalatório (CI) ao Formoterol conforme necessário e se for preciso antes de exercício (adolescentes e adultos)
➤ Na atualidade se o paciente apresenta sintomas menos de 3-5 dias por semana, com função pulmonar normal (ou ligeiramente reduzida) ele é classificado nas Etapas 1–2 e as recomendações para tratamento são apoiadas por evidências de um grande estudo, o SYGMA 1, com budesonida-formoterol de baixa dose, conforme necessário, isto é, sob demanda, em comparação com o tratamento somente com SABA.7
As considerações mais importantes para a GINA ao recomendar o CI-formoterol de baixa dose conforme necessário nas Etapas 1-2 foram:
▷ que pacientes com sintomas pouco frequentes de asma (asma leve) podem ter exacerbações graves ou fatais;8 para esses pacientes
com sintomas leves ou ocasionais, é fundamental prevenir agudizações graves, pois podem ser desencadeadas por fatores imprevisíveis, como infecções virais, exposição a alérgenos, poluição ou estresse;
▷ que foi encontrada uma redução de dois terços na taxa de exacerbações graves na utilização conforme necessário em baixas doses, em comparação com o tratamento apenas com SABA e o fato de que isso foi alcançado com < 20% da dose média do CI em comparação com o CI diário; uma redução de 64% nas exacerbações graves em comparação com o SABA isolado também foi observada em um estudo controlado randomizado e aberto;7,9-11
▷ evitar mensagens conflitantes – inicialmente os pacientes foram instruídos a usar o SABA para alívio dos sintomas, entretanto, depois tiveram que ser informados (apesar de esse tratamento ser eficaz do ponto de vista deles) de que precisavam reduzir seu uso de SABA, passando a utilizar a medicação de manutenção (CI-formoterol);
▷ como a adesão com CI é baixa em pacientes com sintomas pouco frequentes, estes pacientes estão mais expostos a riscos apenas com o tratamento com o SABA.
Uma vantagem significativa da estratégia guiada pelos sintomas é uma dose cumulativa consideravelmente menor do CI.7
▷▷ O CI contínuo isolado não é mais uma opção em face à Alta probabilidade de baixa aderência.
A GINA hoje prioriza evitar que os pacientes se tornem dependentes de SABA. Assim, considerando a importância de uma abordagem unificada no tratamento da asma, a recomendação de iniciar o tratamento com um medicamento contendo CI (inclusive com a opção de CI-formoterol sob demanda para asma leve) desde o diagnóstico inicial, promove uma comunicação clara sobre a dupla necessidade de controlar os sintomas e diminuir os riscos futuros. Essa estratégia proativa pode prevenir que os pacientes passem a depender excessivamente de SABA como sua principal forma de tratamento e evite riscos.
A dose usual de budesonida-formoterol, em dose única, quando necessária na asma leve, aplicada por inalação para alívio dos sintomas é de 6/200 mcg. A dose máxima recomendada para a utilização da budesonida-formoterol conforme necessária em um único dia corresponde a um total de 72 mcg de formoterol. Entretanto, em estudos clínicos randomizados controlados na asma leve, esse uso raramente, na média, ultrapassou 3–4 doses por semana.7,9,10
Pacientes com asma leve que recebem prescrição de CI-formoterol em baixa dose como tratamento de manutenção e conforme a necessidade para prevenir exacerbações podem utilizar a mesma medicação antes do exercício, se necessário, e assim estão dispensados de receber prescrição de SABA para uso pré-exercício.
Sempre checar o uso correto da utilização dos dispositivos de inalação, aderência ao tratamento e a exposição ambiental e confirmar se realmente os sintomas são decorrentes da asma. |
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O uso de CI-formoterol como medicação anti-inflamatória e de resgate em qualquer das etapas do tratamento da asma se torna um modo simples com transição fácil caso o tratamento necessite ser otimizado como p. ex. das Etapas 1-2 para a Etapa 3, ou da Etapa 3 para a Etapa 4, sem que se precise prescrever medicação adicional, ou dispositivo diferente de inalação.
Outros controladores para as Etapas 1-2
Outros medicamentos foram analisados para as Etapas 1 e 2 em adultos e adolescentes, embora apresentem indicações limitadas ou evidências reduzidas quanto à eficácia e segurança nesses níveis de tratamento.
Para pacientes adultos com rinite alérgica e sensibilizados para o ácaro da poeira doméstica, com exacerbações apesar de baixas doses de CI, deve ser avaliada a adição da imunoterapia sublingual (ITSL) se o VEF1> 70% do previsto.11,12
Antagonistas do receptor de leucotrieno (LTRA) como o Montelucaste são menos efetivos do que os CI, principalmente para a prevenção de exacerbações.13 A partir de 2020, a FDA (Food and Drug Administration) exigiu inclusão de uma advertência em bula do medicamento Montelucaste sobre os sérios efeitos colaterais à saúde mental causados por este medicamento.14
Doses diárias baixas de CI-LABA como tratamento inicial: A combinação regular diária de doses baixas de CI-LABA como o tratamento de manutenção inicial (incluindo pacientes previamente tratados apenas com SABA) reduz os sintomas e melhora a função pulmonar, em comparação com doses baixas de CIs.15 No entanto, geralmente é mais caro e não reduz ainda mais o risco de exacerbações, em comparação com ICS isoladamente.15
— Etapa 3
Opção preferida:Tanto para manutenção como para alívio – baixas doses de CI-formoterol (adultos e adolescentes) – (Faixa 1)
➤ Quando os sintomas do paciente não são mais intermitentes, ocorrendo na maioria dos dias, com despertar à noite uma vez por semana ou mais, ou com baixa função pulmonar recomenda-se a instituição de uma medicação de CI-formoterol de dose baixa para manutenção e conforme necessário para alívio. O tratamento com baixas doses de CI reduz os sintomas da asma, otimiza a função pulmonar, melhora a qualidade de vida e reduz o risco de exacerbações e hospitalizações relacionadas à asma ou morte.
O tratamento de manutenção e alívio com CI-formoterol para o tratamento da Etapa 3 pode ser prescrito com budesonida-formoterol em baixa dose (≥ 12 anos) ou beclometasona-formoterol em baixa dose (≥ 18 anos). A dose usual para com budesonida-formoterol é de 6/200 mcg e a dose usual para tratamento de manutenção e alívio com beclometasona-formoterol é de 6/100 mcg. Cada uma dessas combinações é prescrita como uma inalação duas vezes ao dia, mais uma inalação sempre que necessário para o alívio dos sintomas.2
Outros controladores para a Etapa 3
Outros medicamentos foram analisados para a Etapa 3 em adultos e adolescentes, embora apresentem indicações limitadas ou evidências reduzidas quanto à eficácia e segurança nesses níveis de tratamento.
Para pacientes adultos com rinite alérgica e sensibilizados para o ácaro da poeira doméstica, com exacerbações apesar de baixas doses de CI, deve ser avaliada a adição da imunoterapia sublingual (ITSL) se o VEF1> 70% do previsto.11,12
Outra opção para adultos e adolescentes é aumentar o CI para dose média, porém é menos efetiva do que adicionar um LABA.16,17
Outras alternativas menos eficazes incluem a combinação de baixa dose de CI com LTRA ou o uso de teofilina de liberação programada.18,19 Sempre levando em conta a advertência sobre o medicamento montelucaste sobre os sérios efeitos colaterais à saúde neuropsiquiátrica causados por este medicamento.14
— Etapa 4
Opção preferida: Tratamento de manutenção e alívio com doses médias CI-formoterol (adultos e adolescentes)
➤ Embora em um nível de grupo, o maior benefício do CI seja obtido em baixa dose, a responsividade ao CI varia, e alguns pacientes cuja asma não é controlada com CI-LABA de baixa dose apesar da boa aderência e correta técnica podem se beneficiar do aumento da dose de manutenção média, geralmente duplicando o número de inalações. É o que ocorre com os pacientes que apresentam sintomas diários ou acordam à noite uma vez por semana ou mais e apresentam baixa função pulmonar – Etapa 4.
Para a Etapa 4, cada uma dessas combinações (budesonida-formoterol 6/200 mcg e beclometasona-formoterol 6/100 mcg) é prescrita como duas inalações duas vezes ao dia, mais uma inalação sempre que necessário para alívio dos sintomas.2
Um curso de corticoide oral (CO) de curta duração também pode ser necessário para pacientes que se apresentam durante uma exacerbação.
Outras Opções de Controlador na Etapa 4
Tiotrópio (antagonista muscarínico de ação prolongada – LAMA) por inalação pode ser utilizado como tratamento add-on para adultos ou adolescentes com história de exacerbações,20 não sendo indicado para crianças < 6 anos. Melhora moderadamente a função pulmonar e diminui modestamente as exacerbações. A indicação de tiotrópio poderia anteceder à de um imunobiológico.
Para pacientes adultos com rinite alérgica e sensibilizados para o ácaro da poeira doméstica, com exacerbações apesar de baixas doses de CI, deve ser avaliada a adição da imunoterapia sublingual (ITSL) se o VEF1 > 70% do previsto.11,16
Associação de alta dose CI-LABA pode ser considerada em adultos e adolescentes, porém o aumento da dose de CI geralmente determina benefício limitado 16,21,22 e aumenta o risco de efeitos adversos, dentre eles a supressão das glândulas suprarrenais.22 A utilização de altas doses de CI deve ser feita apenas em uma tentativa de 3–6 meses quando o bom controle da asma não pode ser alcançado com a dose média de CI-formoterol e/ou uma terceira droga controle (p. ex. LTRA).23,24
Para doses médias ou altas de budesonida, a eficácia pode ser melhorada com fracionamento de aspirações até quatro vezes ao dia,25 mas a adesão passa a ser um problema.
Outras opções para adultos e adolescentes que podem ser adicionadas aos CI de média ou altas doses, porém menos eficazes do que a adição do LABA, incluem os LTRA.23,26,27
— Etapa 5
Opção preferida: Encaminhar para avaliação especializada, fenotipagem e tratamento complementar (adultos e adolescentes)
➤ Alta dose CI-LABA – doses elevadas são preconizadas apenas em caráter experimental por períodos de 3–6 meses, quando um bom controle não pode ser alcançado através de dose média de CI + LABA e/ou um terceiro controlador como p. ex. LTRA ou teofilina de liberação sustentada em doses baixas.17,22,28-30
Para a Etapa 5, cada uma dessas combinações (budesonida-formoterol 6/200 mcg e beclometasona-formoterol 6/100 mcg) é prescrita como duas inalações duas vezes ao dia, mais uma inalação sempre que necessário para alívio dos sintomas.2
Os pacientes com sintomas não controlados e / ou exacerbações, apesar do tratamento da Etapa 4, devem ser avaliados quanto ao seu quadro atual, ter seu tratamento otimizado, além de tratar fatores de risco modificáveis e comorbidades. Devem ser encaminhados para avaliação por especialistas para fenótipo de asma grave e possível tratamento adicional.
O tratamento guiado por análise do escarro induzido, se disponível, melhora os desfechos na asma moderada/severa.
Pacientes com sintomas persistentes ou exacerbações frequentes, apesar da correta técnica de inalação ou boa aderência ao tratamento da Etapa 4 e no qual outras opções de controle têm sido consideradas, devem ser encaminhados ao especialista com experiência no manejo na asma severa.31
Opções de tratamento que podem ser consideradas na Etapa 5 (se já não foram tentadas), incluem:
■ Acrescentar tiotrópio em pacientes ≥ 6 anos de idade cuja asma não está bem controlada com CI-LABA. O tratamento complementar com tiotrópio (principalmente 5 mcg uma vez ao dia pelo spray de névoa – Respimat) modestamente melhora a função pulmonar e modestamente aumenta o intervalo para as exacerbações graves que requerem corticoides por via oral. Não há evidências para outros tipos de preparações LAMA.
■ Acrescentar anti-imunoglobulina E (anti-IgE) – omalizumabe: para pacientes ≥ 6 anos de idade com asma alérgica moderada ou severa que não está controlada no tratamento da Etapa 4.32-34
■ Acrescentar tratamento com anticorpos anti-interleucina-5/5R – mepolizumabe subcutâneo para ≥ 6 anos, reslizumabe intravenoso para pacientes ≥ 12 anos e o benralizumabe outro anticorpo monoclonal anti-eosinófilo que atua diretamente contra a subunidade alfa do receptor da interleucina-5, subcutâneo para ≥ 12 anos para asma eosinofílica severa não controlada na Etapa 4.35-37 Deve ser destacado que os dados de eficácia do mepolizumabe em crianças de 6 a 11 anos ainda são limitados. Esteja ciente de que esses produtos biológicos para asma têm um risco raro de anafilaxia – mesmo um ano após o início do tratamento. Considerar a prescrição de um autoinjetor de epinefrina, especialmente para pacientes com omalizumabe ou reslizumabe.
■ Acrescentar tratamento anti-interleucina-4R – o dupilumabe é um mAB humanizado contra o receptor de IL-4 atuando em uma subunidade alfa que inibe a sinalização de IL-4 e IL-13.38 Está indicado para pacientes ≥ 12 anos com asma dependente de corticoides orais ou com dermatite atópica moderada a grave como comorbidade.
■ Acrescentar tratamento com anti-linfopoetina estromal tímica (anti-TSLP) para pacientes ≥ 12 anos com asma severa.39
■ Considerar tratamento com termoplastia brônquica: pode ser avaliada para alguns pacientes adultos com asma severa, em pacientes selecionados.40 Os efeitos a longo prazo comparados com pacientes de grupo controle, incluindo função pulmonar, ainda não são completamente bem estabelecidos.
■ Acrescentar tratamento com azitromicina (três vezes por semana) para pacientes adultos com asma sintomática persistente, apesar de doses moderadas e altas de CI e LABA reduzirem as exacerbações na asma eosinofílica e não eosinofílica, e melhorarem a qualidade de vida relacionada à asma. Os macrolídeos são drogas passíveis de utilização no tratamento da inflamação não eosinofílica das vias aéreas, particularmente na asma neutrofílica refratária e em situações quando os medicamentos biológicos são inacessíveis. São antibióticos que possuem atividades imunomoduladoras e mucorreguladoras. Levar em consideração os efeitos colaterais mais comuns como a diarreia, a ototoxicidade e a arritmia cardíaca. Pacientes com asma e deficiência auditiva ou com prolongamento anormal do intervalo QT devem evitar a droga. O tratamento sugerido é de pelo menos 6 meses, pois um benefício manifesto não foi observado antes de 3 meses. Ainda não há evidências claras sobre quanto tempo o tratamento deve ser continuado.41,42
■ Acrescentar baixa dose oral de corticoide (≤ 7,5 mg/dia equivalente à prednisona): pode ser efetiva para alguns pacientes com asma severa,32 porém está associado a efeitos colaterais importantes.43,44 Ele só deve ser considerado para adultos com mau controle de sintomas e/ou exacerbações frequentes apesar da boa técnica de inalação e adesão ao tratamento na Etapa 4 e após exclusão de outros fatores que possam contribuir e após utilização de outros tratamentos adicionais complementares, incluindo os biológicos, quando disponíveis. Os pacientes devem ser alertados acerca dos possíveis efeitos adversos da droga.43 Eles devem ser avaliados e monitorados quanto ao risco de osteoporose induzida por corticoides, e aqueles que devem ser tratados por ≥ 3 meses devem receber aconselhamento quanto ao estilo de vida e prescrição para prevenção da osteoporose, quando necessário.44,45
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Referências
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